Prova Paulista USP Para Ingresso De Estudantes Da Rede Pública

A USP (Universidade de São Paulo) aprovou uma nova medida que deve impactar na forma de ingresso de estudantes da rede pública a Prova Paulista. O projeto prevê avaliações seriadas para alunas e alunas do Ensino Médio como meio de ingresso. Mas quais devem ser os impactos dessa medida? Explicamos aqui.

Prova Paulista: novo projeto da USP, que impacta no ingresso de estudantes de escolas públicas

O Conselho Universitário da USP aprovou na última terça-feira (27/06) o projeto intitulado como Prova Paulista. Tal projeto consiste na aplicação de uma avaliação seriada como nova forma de ingresso de estudantes de escolas públicas estaduais. Dessa maneira, esse projeto deverá servir para obtenção de vaga em cursos de graduação da universidade.

Além da USP, o projeto prevê a adesão da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

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De acordo com a USP, a ideia é estabelecer um protocolo de intenções com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Dessa maneira, haverá uma aplicar a avaliação em alunos e alunas do 1º, 2º e 3º anos da rede pública estadual paulista.

O  pró-reitor de graduação, Aluísio Segurado, destacou que um dos principais desafios da universidade é aumentar o interesse de estudantes da rede pública a ingressar na USP. Assim, a adoção da Prova Paulista visa ampliar o acesso desse público à principal universidade pública de São Paulo.

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Segurado ainda afirmou que somente 16% dos 400 mil alunos e alunas que concluíram o ensino médio público fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023. Além disso, em média, apenas 8,7% desse público fez inscrição no vestibular da Fuvest nos últimos cinco anos.

Vagas na USP pela Prova Paulista

Para 2023 (ou seja, com entrada em 2024), a USP deverá oferecer 1.500 vagas. Dessas, 555 serão destinadas para estudantes pretos, pardos e indígenas. Com efeito, são vagas redistribuídas do total daquelas que são oferecidas para alunos e alunas de escolas públicas na Fuvest e no Enem USP.

Neste primeiro ano de implementação do programa, serão considerados(as) 360 mil estudantes com matrículas no 3º ano do ensino médio. Ressalta-se que aqui se consideram matrículas na rede estadual paulista. Com a proposta aprovada, nos próximos anos as demais séries serão consideradas e incluídas. Veja a notícia: www.jornal.usp.br/institucional/usp-unesp-e-unicamp-estudam-nova-modalidade-de-ingresso-para-alunos-de-escolas-publicas/

Auxílio permanência

Foram anunciadas medidas também visando garantir a permanência de estudantes de baixa renda, cuja maior parte vem da rede pública, na universidade. Assim, a Secretaria Estadual da Educação deverá oferecer uma bolsa de estudos a alunos e alunas com vulnerabilidades socioeconômicas. Inicialmente, o valor do auxílio deverá ser de R$ 800,00 mensais.

Além disso, a Secretaria prevê ainda o oferecimento de estágio remunerado para estudantes dos 28 cursos de Licenciatura da USP. Os estágios serão na rede pública de ensino, oferecendo bolsas no valor de R$ 2.100 mensais.

Parceria

O reitor Carlos  Gilberto Carlotti Junior falou sobre a importância da parceria entre a USP e a Secretaria Estadual de Educação. “A aproximação com a Secretaria da Educação e com o ensino público é um dos pontos positivos dessa parceria. Outros destaques são que esses alunos já entrarão com uma bolsa garantida pelo Governo do Estado e nossos estudantes de licenciatura terão a oportunidade de desenvolver seus estágios nas escolas”, disse.

As negociações entre USP e a Secretaria seguem. Novos detalhes sobre a Prova Paulista devem ser divulgados em breve. Na próxima reunião do Conselho Universitário, prevista para 01/08, novos detalhes devem ser apresentados.

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